Ao longo das últimas décadas, os
trabalhos desenvolvidos na área da
educação musical vêm se
aperfeiçoando e seus métodos
passaram a ter um cuidado maior ao
aliar arte, técnica e conteúdo.
Apesar destas mudanças, os trabalhos
voltados para a iniciação musical
ainda são pouco adotados pelos
profissionais, que, em sua maioria,
utilizam empiricamente seus
conhecimentos adaptados para o
universo iniciante. Talvez pelo fato
dos músicos, em geral, objetivarem o
seu próprio desenvolvimento como
instrumentistas e galgarem postos
nos meios acadêmicos, faça com que,
muitas vezes, se distanciem do
ensino do instrumento para os
novatos, especialmente se forem
crianças.
Foi pensando na
importância de lhes oferecer uma
educação musical ou violonística de
qualidade que o violonista e
educador Max Riccio lança o método
“O violão entrou na roda – um guia
prático para principiantes” (Editora
Irmãos Vitale), visando,
principalmente, a inclusão e também
ao surgimento de novos bons
profissionais e à ampliação de novas
plateias, conhecedora dos encantos e
desafios que o instrumento
apresenta.
Neste guia, Max criou arranjos
coletivos para grupos de violões,
baseados no folclore brasileiro e
estruturados de forma lúdica,
podendo ser usados em diversas
situações (como aulas individuais ou
em grupo), permitindo aos
professores a flexibilidade de
manusear os conteúdos de acordo com
as suas necessidades. Baseado em
anos de experiência lecionando
gratuitamente no Projeto Social da
Associação de Violão do Rio (AVRio)
para faixas etárias mais jovens (de
8 a 13 anos), o violonista oferece,
através deste guia, uma alternativa
à literatura de iniciação ao violão
do nosso país, buscando proporcionar
um aprendizado seguro para o
iniciante e ao mesmo tempo versátil
para o professor de ensino coletivo. |
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Para o guia foram selecionadas
canções do livro “500 Canções
Brasileiras”, da renomada
pesquisadora Ermelinda A. Paz, que
não hesita em inserir o autor no
hall dos maiores educadores
musicais, autores de importantes
trabalhos didáticos voltados para o
ensino do violão, como Henrique
Pinto, Isaías Sávio, Silvana Mariani
e Turíbio Santos - todos eles
autores de livros que são referência
na área. Especialmente no que tange
ao trabalho com o folclore e à
cultura oral, pilares do livro “500
Canções Brasileiras”, um campo ao
qual se somam ainda criadores como
Albéniz, Camargo Guarnieri, De Falla,
Dvorák, Glinka, Grieg, Granados,
Itiberê, Janacek, Kodály,
Rimsky-Korsakov, Sibelius, Siqueira,
Smetana, Villa-Lobos e a educadores
musicais como Anamaria Peixoto e
Linda Kruger, Emma Garmendia, Joel
Barbosa, Shinichi Suzuki e Violeta
Gainza. Segundo a pesquisadora, “Max
Riccio soma em qualidade os
anteriormente citados. Para mestres
e aprendizes esse é um método de
grande importância e que deve estar
à cabeceira dos violonistas que
buscam introduzir através da música
de tradição oral os pequenos
aprendizes do instrumento violão”.
A partir de sua própria vivência e
inicialização no instrumento, o
autor aprimorou-se como educador,
desenvolvendo metodologias que
considerassem os diferentes públicos
iniciantes. Após um aprendizado
autodidata, usando cifra e “tocando
de ouvido”, Max experimentou a
dificuldade comum aos iniciantes de
corrigir os próprios “vícios”
desenvolvidos nessa iniciação
inconsistente. A partir de aulas com
professores qualificados, deparou-se
com colegas desistindo, frente às
dificuldades no aprendizado. “Nunca
aceitei isso, temos que criar
caminhos para atingir os objetivos
desejados, principalmente quando há
motivação para aprender”, aponta o
autor.
Após sua qualificação profissional,
e tendo decidido dedicar-se ao
ensino de violão, começou a observar
que cada aluno ou grupo de nível
inicial demonstra dificuldades e
interesses específicos. Algumas
crianças querem apenas fazer uma
prática musical divertida. Já
determinados adolescentes pretendem
ser músicos profissionais, enquanto
outros somente desejam tocar músicas
de seus ídolos. Uma parte dos
adultos buscam as experiências
auditivas da sua adolescência,
enquanto outros ambicionam poder
exercer uma atividade profissional
na música. E finalmente, alguns
idosos visam exercer uma prática
social através da música.
Foi pensando nesta amplitude e na
importância da figura do educador
nesta condução que este guia começou
a se materializar. A diversidade de
objetivos se amplia quando se aborda
estilos ou linguagens musicais
específicas que estão intimamente
conectadas ao violão, como a música
popular ou clássica, o flamenco ou
samba, o choro e a bossa-nova. E
ainda existem as variantes ligadas à
situação didática, que a grosso modo
podem ser simplificados para ensino
coletivo ou individual. “São
infinitas as combinações. Com isso,
o didata é obrigado em muitas
situações a trilhar diversos
caminhos metodológicos, e não são
raros os casos em que não consegue
adequar o ensino às vontades e
aspirações de determinados alunos”,
ressalta o educador. “Foi pensando
cuidadosamente em cada um desses
pontos que arranjei as músicas da
forma mais simples e progressiva
possível. Entretanto, como o escopo
do livro é limitado, nas suas
atividades didáticas o mestre pode
adaptar essa metodologia de arranjos
para qualquer repertório”, afirma.
O guia está dividido em três partes.
Na primeira (Manual Técnico), estão
os índices organizados por assuntos
e de forma progressiva, que
nortearão a organização técnica,
instrumental e musical dos arranjos
da Parte II, e ajudarão o professor
na busca por conteúdos específicos,
tanto musicais quanto relativos à
técnica violonística. A segunda
parte (Tocando e cantando) traz
ilustrações lúdicas e os arranjos já
apresentam várias vozes (partes),
que podem ser tocados e cantados
juntos. Na terceira e última parte
(Violão Solo), foram elaborados
arranjos que unem os conteúdos
técnicos e musicais desenvolvidos na
Parte II, assim desenvolvendo novas
habilidades instrumentais de forma
progressiva preparando o aluno para
explorar o vasto repertório
violonístico que abrange desde a
renascença até os dias atuais,
passando por todos os períodos
estilísticos. Alguns destes arranjos
são de autoria do consagrado
professor, violonista e compositor
Luis Carlos Barbieri.
MAX RICCIO
Natural de Natal-RN, Max Riccio
(foto ao lado) se formou
Bacharel em Violão pela Escola de
Música da UFRJ. É Mestre pela UNIRIO
no programa de Mestrado Profissional
(PROEMUS/UNIRIO), sob orientação de
Nicolas de Souza Barros e Ermelinda
Paz Zanini, desenvolvendo o livro O
violão entrou na roda: um guia
prático para principiantes,
publicado pela Editora Irmãos Vitale.
Ultimamente, no duo The Biedermeiers,
que compõe junto com o csakanista e
flageoletista Rubens Küffer, tem
tido uma notável presença no cenário
da música clássica nacional, com
apresentações no programa
“Partituras”, da TV Brasil,
totalmente dedicado ao duo, e na
programa Antena MEC FM, da Rádio MEC
FM (Rio de Janeiro). O concerto de
lançamento do disco homônimo, pela A
Casa Discos, teve lotação máxima no
Espaço Guiomar Novaes da Sala
Cecilia Meireles. O álbum foi
indicado como o CD da Semana pela
Rádio Cultura FM (SP) e mencionado
como um dos mais originais
lançamentos musicais do ano de 2016,
pelo jornal O Globo.
Como solista,
vem se apresentando regularmente em
importantes séries de concertos do
Rio de Janeiro e festivais
internacionais e nacionais de violão
pelo país. Também, tem participado
de diversos programas de rádio e TV,
podendo destacar gravações de obras
inéditas de Quincas Laranjeiras no
programa Violões em Foco da Radio
MEC FM, bem como a participação na
trilha sonora de novelas da Rede
Globo, como O Astro (Remake 2011) e
Gabriela (Remake 2012); nestes, toca
alaúde árabe.
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entrou na Roda',
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Divulgação:
Cezanne Comunicação
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