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  • 27/08/2016
    Crítica do recital Antonio Meneses & Cristian Budu

    Recital Antonio Meneses & Cristian Budu – Sala Cecília Meirelles – 26 de agosto de 2016 – Realização da Dell’Arte Soluções Culturais.

    Antônio Meneses nasceu em Recife, 23 de agosto de 1957, é violoncelista brasileiro, radicado na Suíça.
    Filho do trompista João Jerônimo de Meneses, no primeiro ano de vida vai morar na cidade do Rio de Janeiro — o pai fora convidado para integrar o elenco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com 6 anos, começa a aprender violoncelo.] Vence vários concursos e, aos 17, vai estudar na Europa, para aprimorar o talento. Torna-se aluno da Escola Superior de Música de Düsseldorf, depois segue para Stuttgart, ambas na Alemanha. Em 1977, vence o Concurso Internacional de Munique, derrotando, por unanimidade, 40 candidatos.
    Em 1981, gravou com o maestro Herbert von Karajan, e no ano seguinte venceu o Concurso Tchaikovsky, em Moscou.

    Cristian Budu é brasileiro de origem romena, o jovem pianista é considerado um dos expoentes de sua geração. Dotado de uma musicalidade genuína e de uma calorosa força de comunicação, sua personalidade artística e seu colorido pianismo vêm sendo internacionalmente reconhecidos. Desde muito jovem, Cristian alcançou os primeiros lugares em diversos concursos nacionais, como o Concurso Nelson Freire e o Programa Prelúdio da TV Cultura.
    Em 2013, aos 25 anos de idade, Cristian tornou-se o primeiro brasileiro a vencer o Grande Prêmio – mais 2 prêmios extras, incluindo o prêmio do público – do Concurso Internacional Clara Haskil, na Suíça, um dos mais importantes e prestigiados do cenário mundial, que elege apenas um ganhador por edição (e por vezes nenhum).

    PROGRAMA:

    Adagio e Allegro, op. 70, de Schumann.

    Foram compostos em 1949, originalmente para trompa e piano, tendo com título: Romance e Allegro. Toda a ternura do adagio foi seguido pela felicidade extasiástica do Allegro. É o Schumann no seu mais intenso romantismo.

    Sonata para Violoncelo e Piano, nº 1, op.70, de Brahms.

    Movs: Allegro non troppo
    Allegretto quasi Minuetto
    Allegro

    Brahms compôs os dois primeiros movimentos durante o Verão de 1862. O movimento final foi composto em 1865. A Sonata é realmente intitulada "Sonate für Klavier und Violoncello" (para piano e violoncelo) e o piano "deve ser um parceiro - muitas vezes um líder, muitas vezes um parceiro atento e amável - mas não deve, em nenhuma circunstância, assumir um papel puramente de acompanhamento ". Foi dedicada a Josef Gansbacher, professor de canto e violoncelista amador. É "uma homenagem a J.S. Bach " e o tema principal do primeiro movimento e da fuga são baseados em Contrapunctus 4 e 13 de A Arte da Fuga .


    Cenas Cariocas de José Guerra Vicente:

    Valsa seresteira
    Cantiga
    Choro

    Nascido em 1907 em Almofala, Portugal, José Guerra Vicente veio para o Brasil aos 10 anos de idade, tendo recebido toda a sua formação musical na cidade do Rio de Janeiro, onde se instalou e produziu a sua obra. Teve como principais professores: Alfredo Gomes, Agnelo França, Paulo Silva, J. Otaviano e Francisco Mignone. Violoncelista, professor e compositor, foi nesta última atividade, no entanto, que sua personalidade mais se destacou. J. Guerra Vicente foi membro da Sociedade Internacional de Música Contemporânea (fundador da Seção Brasil). Em 1960, sua obra Sinfonia Brasília recebeu o primeiro prêmio (dividido com os compositores Guerra-Peixe e Cláudio Santoro), em concurso nacional instituido pelo Ministério da Educação e Cultura para homenagear a inauguração da nova capital.
    As Cenas Cariocas foram compostas em 1961 e estreadas do dia 7 de junho de 1962, na cidade de Friburgo.


    Pampeana nº 2, de Alberto Ginastera.

    Um dos mais importantes compositores sul-americanos do século 20, Alberto Ginastera abraça o antigo e o novo na criação de um estilo original, enraizado no povo argentino e da música popular, incorporando técnicas cada vez mais modernistas. As Cinco Canciones Populares Argentinas são derivadas diretamente da música folclórica, mas em Pampeana No. 2 o uso do folclore é mais simbólico.

    Le Grand Tango

    El gran tango, peça-movimento único para violoncelo e de piano pelo compositor argentino Astor Piazzolla , que expressa o espírito de nuevo tango ( "novo tango"), uma fusão de tradicionais de tango ritmos e na síncope do jazz. Escrito em 1982, Le Grand Tango foi publicado em Paris.
    Piazzolla estudou composição em Paris comNadia Boulanger , que o encorajou a ficar com o tango, em vez de se concentrar unicamente na composição clássica. Tomando suas palavras ao coração, ele começou a experimentar com o tango argentino padrão, divergindo as harmonias latino esperados e produzindo um som mais ousado do que a encontrada no tango clássico. Ele compôs Le Grand Tango para o violoncelista russo Mstislav Rostropovich , com a condição dele não tocá-lo até 1990 ou gravá-lo até 1996.

    Com bis, tivemos, Triste, a primeira das Cinco Canciones Populares Argentinas, de Ginastera, e um movimento lento de J. S. Bach.

    Considerações:
    Antonio Meneses e Cristian Budu - ótimas presenças de palco e grande comunicação com o público, além da indispensável competência nos seus instrumentos. Com uma fórmula conhecida do grande público: a mistura de composições eruditas, dos períodos romântico e moderno da música, o duo se expressou de uma forma mágica, contigiando a enorme plateia presente na Sala. Se o cello de Meneses soava a música dos deuses, o piano de Budu, enlaçava-se com o cello, criando sons divinos, com uma técnica perfeita, e quanto mais perfeita a técnica dos dois, mais livre ficaram as suas mentes, para interpretar as ideias que animaram os compositores. Coesão, dinâmica, rítmica e respiração, uniformes e a tempo. Grandes momentos da música universal que ficaram eternizados nas memórias dos presentes. É sempre um bênção sair de casa para assistir espetáculos como este. Bravos, bravíssimos.!.

    Eu e Cristian Budu, no final do magnífico recital na Sala Cecília Meirelles.

     

     

    Eu e Antônio Menezes após o estupendo recital na Sala Cecília Meirelles.

     



     


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